O soldado saiu da linha de formação,
quando recebeu a ordem,
não cumpriu-a, e largou seu fuzil,
o desarmou, enquanto os projéteis,
pelo chão caiam.
Quando o quepe caiu ao chão,
ele já deu as costas para o pelotão,
ele não pertencia mais aquilo;
para a honra e o dever,
o melhor era consigo mesmo ser.
Quando a derradeira folha,
o galho deixou,
onde foi parar seu verde
decompondo-se em terra,
até o fim de seu dia?
Onde os protestos, as adulações,
os festejos, os cortejos,
a sentença das pessoas felizes,
quando o seu dia chegar,
quando sua formatura, sua festa,
sua colação, o enfeitado agradecer.
Por Deus, pela família, pelo cachorro,
pela nora, pelo genro, pelos colegas,
a terra há de comê-los,
de endurece-los os sentidos,
de que um dia viveram por outros.
Ao viver e morrer,
a vida é uma incógnita.
a vida é uma incógnita.
Quem saberá o sabor de amanhã?
Outros virão, mas os atos...
estes ficarão nas atas e ofícios.
Ninguém seguirá o soldado,
mas sua consciência é limpa.
Ele é preso e humilhado,
mas ele não se sente assim,
ele fez o que fez, que mais
[importa?
Outros virão, mas os atos...
estes ficarão nas atas e ofícios.
Ninguém seguirá o soldado,
mas sua consciência é limpa.
Ele é preso e humilhado,
mas ele não se sente assim,
ele fez o que fez, que mais
[importa?